13 abril 2013
12 abril 2013
11 abril 2013
10 abril 2013
Serie de exercícios para ensinar novos processos aos jogadores
De Valter Correia on April 8, 2013 at 4:05 PM |
Primeira parte - Preparar o treino
Vamos supor que pretendemos criar situações de finalização através de cruzamentos, e que pretendemos criar situações de cruzamento sem oposição no flanco direito. Então, sabemos que podemos fazer uso de combinações diretas para lançar jogadores em profundidade no flanco direito, assim como ações de criatividade. Sabemos que devemos incluir o passe, a desmarcação, o cruzamento e a finalização na nossa sessão de treino, e precisamos de desenvolver exercícios baseados nessas quatro diretrizes, com aquecimento incluído.
Artigo: Descubra pormenores táticos que muitos treinadores desconhecem
Porque razão devemos incluir essas diretrizes no treino de aquecimento?
No início do treino, os jogadores tem ainda que adaptar a mente às condições de treino para só depois mostrar evolução, ou seja, primeiro, a mente do atleta estuda o que se está a passar, absorve os vários estímulos, organiza-os mentalmente e só depois formula respostas para o meio ambiente. Portanto, estuda o meio ambiente para depois reagir. Os exercícios de aquecimento servem para criar uma adaptação dos jogadores ao treino que vão ser submetidos. Assim, quando os jogadores praticarem os exercícios de desenvolvimento, a sua mente já está pronta para os mesmos.
Artigo: Descubra a filosofia de um dos melhores métodos de ensino do mundo
Segunda parte - Aquecimento - 10 a 15 minutos
Sabemos que, para esta sessão de treino, necessitamos de passar a bola, cruzar, desmarcar e finalizar. Então, vamos criar um aquecimento breve para preparar os jogadores. Este exercício pode ser feito em frente à baliza, precisamente no flanco direito, onde pretendemos criar o nosso processo de jogo. Este exercício tem quatro fases:
1- Passe longo em frente à baliza para os dois jogadores que vão dar início à jogada
2- O jogador que recebe segura a bola, passa ao segundo jogador e desmarca-se em profundidade para receber a bola no espaço
3- O jogador lançado em profundidade segura a bola, e prepara-se para cruzar. O jogador que o lançou em profundidade, segue para a área de finalização para finalizar o cruzamento
4- O jogador que cruza volta para a sua base, e o jogador que finaliza, após passar para o seu colega, volta também para a sua base. Repetem o exercício, cruzando e finalizando à vez.
Terceira parte - Exercícios de adaptação - 15 a 25 minutos
Creio que o nome exercícios de adaptação seja o melhor nome que posso dar a esta fase do treino. Uma vez que os jogadores já realizaram o respetivo aquecimento, está na altura de entrar em exercícios com mais dificuldade, com oposição, cujo único objetivo é desenvolver índices individuais e coletivos e não índices táticos. Estes exercícios servem apenas para treinar os jogadores, habituá-los a realizar as ações rápida e coordenadamente. |
O segundo exercício, o treinador deve dividir os grupos de jogadores em pares, e pontuar cada grupo por cada cruzamento bem conseguido. Cruzar bem implica conseguir um cruzamento para o colega de equipa para dentro de uma zona limitada por quatro cones. O treinador pode adicionar mais alguma dificuldade ao exercício, adicionando um adversário que tenta desarmar a bola (obrigatoriamente, este adversário irá pressionar imenso) e/ou diminuir a área para onde o jogador cruzará. No fim do exercício, vence o par de jogadores que conseguiu mais pontos.
O terceiro exercício, por mais simples que pareça, envolve imenso ritmo para habituar o jogador a finalizar. Dividido em duas fases, um colega de equipa tentará o cruzamento para um jogador finalizar. Na primeira fase, um adversário passa a bola ao jogador que vai cruzar, movimenta-se para a contenção, desarme e interceção. Por sua vez, o jogador que vai cruzar tenta cruzar o mais rapidamente possível. Na segunda fase, o jogador em frente à baliza apenas tem de finalizar. Neste exercício, o treinador deve mentalizar os jogadores no flanco direito que: o jogador que tentar intercetar/desarmar, se passar a bola com qualidade e dificultar a própria tarefa, irá treinar passe e marcação com mais eficácia; o jogador que cruza a bola, se esperar pelo defesa, irá treinar 1x1 com mais eficácia também. Isto é, o treinador mentaliza que, ao facilitar a tarefa do ser adversário e dificultando a própria tarefa, está a treinar mais e melhor.
Por último, no quarto exercício, o treinador adjunto serve-se de várias bolas que cruzará com a mão para um jogador finalizar. Após uma finalização, o treinador lança uma bola para o jogador tentar finalizar novamente. Até podem ser utilizados dois ou três jogadores ou quatro neste exercício, onde o que mais importa é o ritmo do exercício e o único estímulo é a finalização. Para ajudar os jogadores a se concentrarem, o treinador cria uma competição. O jogador que mais golos conseguir marcar, vence o exercício.
Artigo: Conheça um dos exercícios mais intensos e práticos que existem
Estes quatro exercícios, ou exercícios cujos jogadores sejam estimulados para o processo de jogo que o treinador pretende inserir na equipa, devem ser usados em especificidade, isto é, devem treinar os jogadores que cumprem as funções do processo. Por exemplo, se um grupo de jogadores é responsável pela criação da situação de finalização, passará pelo menos 15 a 20 minutos nos exercícios 1,2 e 3. Para os jogadores que vão finalizar, passam a maior parte do tempo nos exercícios 3 e 4. Lembro que os jogadores devem ser utilizados nos exercícios que melhor treinem a sua função durante o processo de jogo pretendido. O treinador pode ainda fazer rodar os jogadores por todos os exercícios, desde que estes sejam avisados que certos jogadores vão treinar mais em alguns exercícios pela devida função que vão representar. Amenizar os jogadores é muito importante para manter concentração e vontade de trabalho, assim como evitar possíveis desentendimentos por desigualdades.
Artigo: Entenda porque razão, os clubes não devem formar apenas jogadores, mas homens
Quarta parte - Treino de evolução - 15 a 25 minutos
Será agora realizado um minijogo para colocar em prática este processo que pretendemos inserir na equipa. Através de um exercício onde os jogadores enfrentam todos os estímulos de uma partida de jogo normal, dividido em duas equipas, os jogadores que treinaram na segunda fase formam a equipa ofensiva e o treinador forma uma equipa defensiva baseada em algo que pretenda treinar. Por exemplo, a equipa ofensiva pode circular a posse de bola, e quando encontrar espaço, explode e tenta impor o processo de jogo que está aprender.
O treinador pode ainda repetir o último exercício, e misturar o processo de jogo que inseriu com outros processos ofensivos. Desta forma, os jogadores da equipa aprende a escolher um entre os vários processos de jogo que lhes foram ensinados, assim como consegue realizar, ao longo do tempo, qualquer processo de jogo sem dificuldade alguma, pois aprendeu a realizar os processos de jogo aleatoriamente.
29 março 2013
1-4-2-3-1: da Solução Estrutural à Solução de Fato
“Tão importante
quanto visualizá-la de maneira estática é o
treinador
compreender toda a dinâmica relacional da plataforma”
(Zago in Arruda et al, 2013, p. 441)
O
esquema tático (ou plataforma tática) 1-4-2-3-1 vem sendo muito utilizado por
todo o futebol mundial, inclusive no Brasil. Assim como aconteceu com o
1-4-4-2, depois com o 1-3-5-2, o 1-4-2-3-1 passou a ser visto como a solução de
todos os problemas. Entender porque um esquema tático se torna mais “popular”
entre os treinadores talvez seja tão ou mais fundamental do que entender o
próprio esquema. Em geral, esse esquema se apresenta das seguintes formas
apresentadas abaixo.
Figura 1 – Variações estruturais básicas do 1-4-2-3-1 |
Basicamente,
o 1-4-2-3-1 se apresenta nas três formas apresentadas acima ao longo do jogo e,
dependendo das características dos jogadores e da proposta de jogo com mais
regularidade em uma delas, porém passando ocasionalmente pelas outras duas. Na
estruturação original, o primeiro campo corresponde ao esquema montado com dois
volantes e três meias. No campo central, os alas devem possuir características
para tal função. E no campo da direita, as características dos jogadores das
laterais da linha de meias (?!) normalmente são atacantes que não de
referência.
Mais do mesmo: Espanha acua França, sofre...mas vence e segue favorita em todas as frentes
A liderança no Grupo I das eliminatórias europeias foi
apenas um pretexto para a França repetir a estratégia de praticamente
todos os adversários da Espanha campeã mundial e bi da Eurocopa.
Inclusive dos próprios Bleus no 1 a 1 do jogo de ida e na derrota por 2 a
0 no torneio continental.
Duas linhas de quatro compactas com um volante entre elas para bloquear as infiltrações que completam a intensa troca de passes da equipe de Vicente Del Bosque. Cabia a Matuidi negar espaços a Xavi e Iniesta, que saía da esquerda para articular pelo meio e deixar Pedro mais próximo de Villa.
Bola roubada, transição rápida buscando Ribéry pela esquerda ou Benzema, o único atacante do 4-1-4-1 de Deschamps. Apesar da vantagem e do poder do adversário, a proposta francesa pecou pela cautela excessiva numa disputa em casa que, na prática, valia vaga na Copa do Mundo.
A Espanha nem era tão intensa na pressão no campo adversário para recuperar a bola e centralizava demais o jogo (vide heatmap abaixo). Mas avançava ora Alonso, ora Busquets para armar as jogadas e liberar Xavi, que se juntava a Villa no 4-2-3-1 espanhol e aparecia na área para concluir.
Duas linhas de quatro compactas com um volante entre elas para bloquear as infiltrações que completam a intensa troca de passes da equipe de Vicente Del Bosque. Cabia a Matuidi negar espaços a Xavi e Iniesta, que saía da esquerda para articular pelo meio e deixar Pedro mais próximo de Villa.
Bola roubada, transição rápida buscando Ribéry pela esquerda ou Benzema, o único atacante do 4-1-4-1 de Deschamps. Apesar da vantagem e do poder do adversário, a proposta francesa pecou pela cautela excessiva numa disputa em casa que, na prática, valia vaga na Copa do Mundo.
A Espanha nem era tão intensa na pressão no campo adversário para recuperar a bola e centralizava demais o jogo (vide heatmap abaixo). Mas avançava ora Alonso, ora Busquets para armar as jogadas e liberar Xavi, que se juntava a Villa no 4-2-3-1 espanhol e aparecia na área para concluir.
ESPN
O
elemento surpresa era Monreal, substituto do lesionado Jordi Alba, que
aparecia pela esquerda no corredor deixado por Iniesta. Mesmo com alguns
problemas na marcação de Valbuena e Jallet, o lateral do Arsenal apoiou
com desenvoltura e serviu Pedro no gol único no Stade de France. Jogada
iniciada pelo camisa onze com bela inversão e concluída em dividida com
o goleiro Lloris.
Gol sofrido de um time histórico, mas que convive há algum tempo com dificuldades para ir às redes. Problema que transforma uma vitória com autoridade em sufoco nos últimos minutos, mesmo após a tola expulsão do jovem Pogba.
A Espanha estará no Brasil para tentar fechar o ciclo vencedor na Copa das Confederações e, principalmente, defender seu título mundial. Mas continua precisando da contundência no ataque que só apareceu nas disputas em alto nível nos 4 a 0 sobre a Itália na decisão da Euro.
O favoritismo, porém, segue intacto. Em todas as frentes e qualquer cenário. Mais do mesmo.
Reprodução ESPN
Gol sofrido de um time histórico, mas que convive há algum tempo com dificuldades para ir às redes. Problema que transforma uma vitória com autoridade em sufoco nos últimos minutos, mesmo após a tola expulsão do jovem Pogba.
A Espanha estará no Brasil para tentar fechar o ciclo vencedor na Copa das Confederações e, principalmente, defender seu título mundial. Mas continua precisando da contundência no ataque que só apareceu nas disputas em alto nível nos 4 a 0 sobre a Itália na decisão da Euro.
O favoritismo, porém, segue intacto. Em todas as frentes e qualquer cenário. Mais do mesmo.
Olho Tático
Passes longitudinais e passes transversais
Autor Valter Correia |
Quais são os tipos de passes diferentes?
Podemos classificar o passe em dois grandes grupos: passe longitudinal e passe transversal. O primeiro grupo de passes assume direções entre as balizas do campo, ou seja, quando um jogador se coloca no campo virado para uma das balizas, esse tipo de passes é feito para a frente ou para trás. O segundo grupo tem direções contrárias, ou seja, quando o jogador assume a mesma posição em frente às balizas, os passes são feitos para o lado.
Passe longitudinal
Entendendo que este tipo de passes assume direções entre as duas balizas, é um estilo de passe muito usado, seja para criar situações de finalização em profundidade ou para ultrapassar toda uma linha de marcação adversária. Os passes mais difíceis de realizar e de maior espetáculo pertencem a este grupo, uma vez que a capacidade de um jogador em colocar a bola no espaço, como no caso dos passes em profundidade, deve ser mais elevada que fazer um passe simples para o lado ou para um colega que está perto. Geralmente, este tipo de passe assume maior perigo de perca de posse de bola, como também assume maior probabilidade em criar situações favoráveis à finalização ou progressão da equipa
Tipos de passe pertencentes a este grupo
- Passe em profundidade para criar situação de finalização
- Passe em profundidade para libertar a bola da zona de pressão
- Passe recuado, impedindo a pressão sobre a bola
- Passe direto a um jogador, esteja este à frente ou atrás do portador da bola
Passe transversal
Este tipo de passes assume direções contrárias ao passe longitudinal. Não apresenta tanto risco de interceções como os passes verticais, pois não tem a mesma capacidade em criar situações de perigo para a equipa adversária, mas em compensação, permite a progressão mais lenta no terreno, que é um estilo de movimentação característico de equipas de posse de bola. Para criar situações de finalização a partir deste estilo de passe, a equipa deve levar a bola o mais próximo possível da linha de fundo, que representa situações de finalização maios eficazes, embora exija mais trabalho e maior perca de tempo para levar a bola até à linha de fundo
Tipos de passe pertencentes a este grupo
- Cruzamentos da linha de fundo
- Cruzamentos do meio campo
- Cruzamentos curtos ou longos
- Inversão da posição da bola no terreno de jogo
- Manutenção da posse da bola
Mas, e o passe com direção diagonal?
O passe diagonal apresenta características dos passes transversais e características dos passes longitudinais. Os passes diagonais rasteiros, com o objetivo de criar uma situação de finalização em profundidade ou colocar a bola num novo portador da bola, apresenta as mesmas características do passe longitudinal. São passes de espetáculo e de criatividade. Por outro lado, cruzamentos do meio campo por exemplo, são passes transversais, uma vez que não são individualmente criativos e que podem ser realizados por qualquer jogador que não apresente a máxima precisão de passe, mas de manutenção da posse de bola. Um bom exemplo, será um passe longo de um lateral esquerdo para um médio-ala direito.
A relação entre a tática e a técnica
Autor Valter Correia |
Da mesma maneira que o todo e as partes são mais fortes havendo uma correlação entre si, a técnica e a tática também podem ser usadas em conjunto em prol do coletivo.
Durante uma partida de futebol, o primeiro problema que o jogador enfrenta têm natureza tática. Em primeiro lugar, deve saber o que fazer, para depois resolver os problemas propostos durante o jogo selecionando e colocando em prática, respostas motoras que sejam adequadas ao problema em questão.
A importância da decisão faz parte do nível mais elevado. Através duma leitura completa e correta, o jogador pode tomar a decisão correta, dependendo da experiência do atleta, embora esse não seja o único fator. Os atletas devem possuir, em larga escala, recursos específicos para que o atleta realize uma ação fundamentada na decisão. Esses recursos designam-se por técnica e fazem parte deles o passe, o drible, o remate, o cabeceamento, o desarme, e outros exemplos.
A capacidade tática do jogador está sobre a técnica, pois, durante uma partida, os fatores de execução técnica são sempre determinados por um contexto tático. Isto quer dizer que, a partir da técnica, o jogador aplica os conceitos táticos, servindo assim a inteligência e a decisão do jogador e da sua equipa.
Na prática, a tática e a técnica são indissociáveis, pois as habilidades técnicas do atleta estão relacionadas com a leitura e a decisão desse atleta.
Podemos então concluir que, durante uma partida de futebol, o importante é saber gerir as regras de funcionamento e os princípios, ao invés de usar um esquema tático rígido e determinado anteriormente, além de regras táticas gerais que não se adaptam ou que não se adaptam tão bem às situações que surgem durante essa partida.
09 março 2013
ESQUEMAS TÁTICOS DE FUTEBOL
Aqui estão as táticas empregadas no futebol
ao longo de mais de 100 anos de existência
ao longo de mais de 100 anos de existência
3-5-2
Esse sistema foi muito utilizado a partir da Copa de 1990 na Itália, pois muitas seleções o utilizaram naquele torneio. Veio como uma alternativa para marcar o 4-4-2, visto que os 3 zagueiros garantiriam a sobra a todo momento. Os “laterais” nesse sistema passam a ser chamados de alas porque ganham novas funções tanto na parte defensiva quando devem marcar mais “por dentro” quanto na parte ofensiva quando tem participação ativa na armação do jogo. A inteligência e as características dos alas são fundamentais para que esse sistema de jogo funcione.___________________________________________________________________________
A campeã italiana montou um esquema acreditando na habilidade do meia francês Zidane.
A Juventus jogou com: 1- Peruzzi, 2- Brindelli, 3- Montero, 4- Ferrara (Iuliano); 5- Di Livio, 8- Deschamps, 6- Davids, 7- Torricelli, 9- Zidane; 10- Del Piero, 11-Inzaghi
O esquema é bem flexível. O time joga num 3-4-1-2, mas se Torricelli recuar, estabelece-se um 4-4-2 ou mesmo um 4-3-1-2. O hábil meia Zidane cuidava das armações das jogadas, auxiliado por Dvids e Deschamps, que também tinham funções de marcação. Os alas também apoiavam constantemente, municiando Del Piero e, mais à frente, Inzaghi. A equipe, quando atacada, defendia-se com os 3 zagueiros, os dois laterais e os dois volantes (Davids e Deschamps), ou seja, 7 jogadores. Quando o time atacava, todo o meio-de-campo e os alas ajudavam os atacantes Del Piero e Inzaghi. Os lançamentos em profundidade de equipes adversárias não costumava ter sucesso, visto que a equipe jogava bem fechada atrás.
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A Internazionale montou um esquema todo voltado pra Ronaldo
A Inter formou com: 1- Pagliuca, 2- Zanetti, 3- West, 4- Bergomi, 6- Sartor; 5- Simeone, 8- Zé Elias, 7- Moriero, 9- Zamorano, 11- Djorkaef; 10 - Ronaldo
O esquema 4-2-3-1 favorece, claramente, a habilidade do brasileiro Ronaldinho. São 2 zagueiros centrais, 2 laterais, 2 meias de marcação, 3 meias ofensivos e apenas um atacante. A formação parece defensiva, o que não é verdade, visto que Moriero, Zamorano e Djorkaef têm características bem ofensivas. Além disso, Zé Elias costumava avançar, ajudando o ataque. Quando a equipe está perdendo, os 3 meias ofensivos (ou algum deles) podem encostar mais em Ronaldinho, podendo tornar o esquema um 4-2-2-2, um 4-4-2 (em caso de vitória parcial da equipe, voltando-se os meias ofensivos) ou ainda um 4-2-4 (mais raramente). Os meias podem, ainda, juntar-se em linha, formando um 4-5-1. Conclui-se, portanto, que o esquema é bem versátil e é favorecido pela boa qualidade técnica dos jogadores. Quando a equipe ataca, isso acontece com no mínimo 4 jogadores, que costumam ser apoiados pelos laterais. Quando defende, consegue aglomerar, se preciso, 8 jogadores fechando o meio e a defesa. Na frente, Ronaldinho faz os gols necessários, sempre auxiliado pela linha de 3 meias ofensivos.____________________________________________________________________________________
A Noruega jogou na Copa de 1998 com um esquema inovador
1- Grodas, 2- Berg, 4- Eggen, 3- Johnsen, 6- Bjornebye; 10- Havard Flo, 11- Leonhardsen, 7- Mykland, 5- Rekdal, 8- Strand (Riseth); 9- Tore A. Flo
O técnico Egil Olsen montou sua equipe num 4-5-1 com o meio-de-campo jogando em linha. Os meias tinham funções defensivas e ofensivas e o esquema poderia ser transformado num 4-4-2 ou num 4-6-0 quando fosse necessário. As jogadas de ataque costumavam basear-se em cruzamentos para o grandalhão Tore Flo, que cabeceava para fora da área, onde se encontrava um meia que chutava a gol. As jogadas de ataque costumavam ser comandadas por Mykland. Na prática, a equipe norueguesa mostou um esquema com jogadores bem defensivos, capazes de fechar o meio e ajudar a defesa. Quando necessário, Tore recuava para fechar o meio, não ficando assim qualquer homem à frente.
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O Líbero A função de líbero foi criada na Europa com o intuito de ser mais uma proteção à zaga
O número 3 do esquema acima é o líbero O verdadeiro líbero joga atrás dos zagueiros, mas também tem obrigações ofensivas, apoiando e atacando. A função de líbero é, portanto, muito difícil de ser executada. Poucos foram aqueles que executaram essa função com perfeição. Beckenbauer foi o mais perfeito de todos os líberos, mas pode-se ainda citar Matthäus e Baresi, além de outros.
Na verdade, o líbero é responsável por proteger o gol, quando a defesa joga mais à frente. Caso a defesa marcasse mais atrás, perto do goleiro, não haveria necessidade do líbero. O líbero é quem joga na sobra da defesa. Teoricamente, ele ainda impede grandes espaços entre os zagueiros e o goleiro, dificultando assim, lançamentos em profundidade e o avanço livre de atacantes velozes.
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Esse sistema foi muito utilizado a partir da Copa de 1990 na Itália, pois muitas seleções o utilizaram naquele torneio. Veio como uma alternativa para marcar o 4-4-2, visto que os 3 zagueiros garantiriam a sobra a todo momento. Os “laterais” nesse sistema passam a ser chamados de alas porque ganham novas funções tanto na parte defensiva quando devem marcar mais “por dentro” quanto na parte ofensiva quando tem participação ativa na armação do jogo. A inteligência e as características dos alas são fundamentais para que esse sistema de jogo funcione.___________________________________________________________________________
A campeã italiana montou um esquema acreditando na habilidade do meia francês Zidane.
A Juventus jogou com: 1- Peruzzi, 2- Brindelli, 3- Montero, 4- Ferrara (Iuliano); 5- Di Livio, 8- Deschamps, 6- Davids, 7- Torricelli, 9- Zidane; 10- Del Piero, 11-Inzaghi
O esquema é bem flexível. O time joga num 3-4-1-2, mas se Torricelli recuar, estabelece-se um 4-4-2 ou mesmo um 4-3-1-2. O hábil meia Zidane cuidava das armações das jogadas, auxiliado por Dvids e Deschamps, que também tinham funções de marcação. Os alas também apoiavam constantemente, municiando Del Piero e, mais à frente, Inzaghi. A equipe, quando atacada, defendia-se com os 3 zagueiros, os dois laterais e os dois volantes (Davids e Deschamps), ou seja, 7 jogadores. Quando o time atacava, todo o meio-de-campo e os alas ajudavam os atacantes Del Piero e Inzaghi. Os lançamentos em profundidade de equipes adversárias não costumava ter sucesso, visto que a equipe jogava bem fechada atrás.
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A Internazionale montou um esquema todo voltado pra Ronaldo
A Inter formou com: 1- Pagliuca, 2- Zanetti, 3- West, 4- Bergomi, 6- Sartor; 5- Simeone, 8- Zé Elias, 7- Moriero, 9- Zamorano, 11- Djorkaef; 10 - Ronaldo
O esquema 4-2-3-1 favorece, claramente, a habilidade do brasileiro Ronaldinho. São 2 zagueiros centrais, 2 laterais, 2 meias de marcação, 3 meias ofensivos e apenas um atacante. A formação parece defensiva, o que não é verdade, visto que Moriero, Zamorano e Djorkaef têm características bem ofensivas. Além disso, Zé Elias costumava avançar, ajudando o ataque. Quando a equipe está perdendo, os 3 meias ofensivos (ou algum deles) podem encostar mais em Ronaldinho, podendo tornar o esquema um 4-2-2-2, um 4-4-2 (em caso de vitória parcial da equipe, voltando-se os meias ofensivos) ou ainda um 4-2-4 (mais raramente). Os meias podem, ainda, juntar-se em linha, formando um 4-5-1. Conclui-se, portanto, que o esquema é bem versátil e é favorecido pela boa qualidade técnica dos jogadores. Quando a equipe ataca, isso acontece com no mínimo 4 jogadores, que costumam ser apoiados pelos laterais. Quando defende, consegue aglomerar, se preciso, 8 jogadores fechando o meio e a defesa. Na frente, Ronaldinho faz os gols necessários, sempre auxiliado pela linha de 3 meias ofensivos.____________________________________________________________________________________
A Noruega jogou na Copa de 1998 com um esquema inovador
1- Grodas, 2- Berg, 4- Eggen, 3- Johnsen, 6- Bjornebye; 10- Havard Flo, 11- Leonhardsen, 7- Mykland, 5- Rekdal, 8- Strand (Riseth); 9- Tore A. Flo
O técnico Egil Olsen montou sua equipe num 4-5-1 com o meio-de-campo jogando em linha. Os meias tinham funções defensivas e ofensivas e o esquema poderia ser transformado num 4-4-2 ou num 4-6-0 quando fosse necessário. As jogadas de ataque costumavam basear-se em cruzamentos para o grandalhão Tore Flo, que cabeceava para fora da área, onde se encontrava um meia que chutava a gol. As jogadas de ataque costumavam ser comandadas por Mykland. Na prática, a equipe norueguesa mostou um esquema com jogadores bem defensivos, capazes de fechar o meio e ajudar a defesa. Quando necessário, Tore recuava para fechar o meio, não ficando assim qualquer homem à frente.
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O Líbero A função de líbero foi criada na Europa com o intuito de ser mais uma proteção à zaga
O número 3 do esquema acima é o líbero O verdadeiro líbero joga atrás dos zagueiros, mas também tem obrigações ofensivas, apoiando e atacando. A função de líbero é, portanto, muito difícil de ser executada. Poucos foram aqueles que executaram essa função com perfeição. Beckenbauer foi o mais perfeito de todos os líberos, mas pode-se ainda citar Matthäus e Baresi, além de outros.
Na verdade, o líbero é responsável por proteger o gol, quando a defesa joga mais à frente. Caso a defesa marcasse mais atrás, perto do goleiro, não haveria necessidade do líbero. O líbero é quem joga na sobra da defesa. Teoricamente, ele ainda impede grandes espaços entre os zagueiros e o goleiro, dificultando assim, lançamentos em profundidade e o avanço livre de atacantes velozes.
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4-2-4
A Seleção Brasileira de 1970 foi a mais brilhante equipe que já passou por um campo de futebol:
Técnica aliada à tática, uma combinação perfeita
O Brasil de 1970 era formado por: 1- Felix, 2- Carlos Alberto, 3- Britto, 5- Piazza, 4- Everaldo; 6- Clodoaldo, 8- Gerson; 11- Rivelino, 7- Jairzinho, 10- Pelé, 9- Tostão
Apesar do 4-2-4, o time jogava posicionado muito recuado para a época, sempre buscando o contra-ataque.Quando o time defendia, todo o time voltava, ficando só Tostão, que era o reserva natural de Pelé até antes de Zagallo assumir a Seleção, na frente. Quando tomava a bola, o time partia em bloco para o contra-ataque. Gérson comandava o meio-de-campo e chegava ao gol, Jairzinho fechava tanto pelo meio, quanto abria pelas pontas e Tostão era o homem mais à frente, sempre comandando o ataque com Pelé. O time, enfim, atacava com no mínimo 4 jogadores, mas comumente atacava com 5 ou 6 jogadores. O time contava ainda boas jogadas ensaiadas e nuances táticas, como o avanço de Piazza até o meio-de-campo e a rolada de bola de Pelé para o capitão Carlos Alberto chutar de fora da área.
2-3-5
O Flamengo de 54 sagrou-se campeão estadual e revelou uma ótima equipe1- Garcia, 2- Tomires, 3- Pavão; 4- Jadir, 5- Dequinha, 6- Jordan; 7- Joel, 8- Rubens, 9- Índio, 10- Evaristo, 11- Zagallo
O primeiro esquema tático adotado no futebol moderno foi o 2-3-5. É óbvio que a preocupação defensiva era mínima e primava-se pelo futebol ofensivo. Não eram incomuns goleadas homéricas, graças à fragilidade das defesas. O center-half (no exemplo Dequinha) era, comumente, o mais hábil jogador do time. Organizava as jogadas, passava curto e lançava em profundidade, além de marcar. Foi dele que originou-se o volante. Dos halfs direito e esquerdo (Jadir e Jordan, no exemplo) originaram-se os laterais e alas. Os times também tinham um centroavante (ou center-forward), que jogava pelo meio (Índio), 2 meias atacantes (Rubens e Evaristo) e dois pontas (Joel e Zagallo). Os zagueiros não costumavam avançar. Os meias tinham mais funções ofensivas do que defensivas e os atacantes não voltavam. Um time costumava atacar com 6 a 8 atacantes contra 2 a 4 zagueiros, o que causava óbvia fragilidade defensiva. Vale ainda lembrar a excepcional qualidade técnica de boa parte dos atacantes da época, dificultando ainda mais o trabalho defensivo.
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WM O WM foi considerada uma das primeiras organizações táticas no futebol
Repare que as linhas pretas, unidas, formam o desenho de um W e de um M
No fim da década de 20, na Inglaterra, o inglês Chapman criou o WM. Esse esquema foi trazido para o Brasil através do técnico Dori Krueschner. Eram 3 zagueiros (números 2, 3 e 4), dois meias defensivos (5 e 6), dois meias ofensivos (8 e 7) e três atacantes (9, 10, e 11). A essência do novo esquema de Chapman era o recuo do centromédio (número 3), de modo que ele exercesse a função de um zagueiro central. A defesa ficou mais protegida com o estabelecimento de 2 meias defensivos, o que possibilitou uma melhor marcação dos atacantes adversários.
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Ferrolho A Suíca inventou o Ferrolho Suíço, que fez sucesso no futebol
A Suíça formava com: 1- Huber, 3- Minelli, 2- Lehmann, 4- Springer, 5- Vernati; 6- Loertschner, 8- Amado; 7- Abbegglen III, 10- Bickel, 9- Wallaschek, 11- Aeby
Em 1935 o técnico austríaco Karl Rappan, dirigindo a Suíça, criou o Ferrolho (Riegel). No Ferrolho, um zagueiro jogava mais trás, fixo, protegido por mais 3 zagueiros (no esquema, os números 2, 4 e 5) e 1 ou 2 atacantes ajudando o meio (números 6 e 8), sendo que um jogava mais atrás, enquanto o outro era o grande responsável pela ligação om o ataque. O esquema foi inovador e surpreendente, eliminando, inclusive, a Alemanha. Várias variações deste esquema foram adotadas na Copa de 62 e a base teórica deste esquema (marcação sob pressão, meias/atacantes marcando e zagueiro fixo) é adotada até hoje.
26 fevereiro 2013
Sistema 4-5-1
Artigo de Valter Correia on December 27, 2011 at 9:30 AM |
O futebol atual está delineado pela ocupação equilibrada dos espaços no campo, pois tanto os defesas atacam como os atacantes defendem. Por essa razão, o foco de maior concentração de jogadores é o meio campo, e por isso apareceu o esquema tático 4-5-1. Com quatro defesas, cinco médios e um avançado. Este foi um sistema criado para garantir a superioridade numérica no meio campo, recuando um dos avançados. A divisão do espaço é mais racional, os esforços para defender são menores e melhora a possibilidade de contra-ataque.
Ocupação e desenvolvimento
A distribuição mais habitual deste sistema é com quatro defesas, cinco médios e um avançado. Geralmente, os jogadores mais móveis são os defesas laterais e os médios-ala.
No setor defensivo, composto por dois defesas laterais e dois defesas centrais, Os defesas laterais, geralmente são responsáveis por alguns dos movimentos da equipa, mas sem deixar de lado os movimentos defensivos. Sobem, apoiam, e descem para ajudar a defender. Os seus movimentos dependem da sua habilidade técnica e tática. Por outro lado, para os defesas centais, as caraterísticas principais são a altura, velocidade e concistência.
Oo setor intermediário é ocupado por três jogadores no corredor central, e um médio-ala em cada faixa lateral. No flanco central, os três médios podem designar várias organizações distintas. No geral, um trinco apoia os dois médios mais avançados, que apoiam os movimentos ofensivos. Por outro lado, os médios-ala devem ser fortes no remate e no cruzamento, rápidos e fortes taticamente, pois nesta organização tática, os corredores laterais são bastante explorados
O setor ofensivo é apenas ocupado por um jogador. O avançado deve ser tecnicamante forte para segurar a bola e abrandar o jogo ou temporizar, e ao mesmo tempo, possuir um bom remate e boas deslocações em largura e profundidade.
Distribuição racional dos jogadores pelo terreno de jogo
Redução das distâncias entre as linhas e os companheiros: Uma vez que a ocupação dos espaços é mais racional, e as linhas de defesa e do meio campo tem um número maior de jogadores, que se podem apoiar em coberturas e apoios, as linhas de marcação são aproximadas, permitindo uma maior pressão na recuperação da posse de bola.
Possibilidades de eficácia em volta do centro do jogo: Uma vez que a concentrção de jogadores em volta do centro do jogo é grande, e a distribuição dos mesmos triângular, praticamente existem linhas de passe para todo lado, e jogadores em todas as direções, que podem apoiar, tanto defensiva como ofensivamente.
Maior possibilidade de aproveitar os espaços para o contra-ataque: De facto, existe pressão forte em todos os setores do terreno, e por isso, não importa onde a bola seja recuperada, existe sempre a possibilidade de contra-atacar
Mais hipóteses de recuperar a bola em zonas altas do terreno: Para quatro dos médios e o avançado, devido à aproximação das linhas, é mais fácil tentar recuperar a posse d bola durante a saída de jogo do adversário.
Desvantagens
Jogo em profundidade: Caso não haja jogadores no plantel que jogam verticalmente e que entram na área,, o jogo de passes é escessivo e a equipa não mostra profundidade praticamente nenhuma
Onde a bola é recuperada: Na organização original deste sistema, a bola é quase sempre recuperada em zona própria do terreno, levando a uma maior distância a percorrer até à baliza adversária
Demasiadas posições fixas: Principalmente no setor mais adiantado, as posições são emasiado fixas, levano a uma menor mobilidade e imprevisibilidade
Trabalho de coordenação muito forte: Devido a estes pontos fracos ou inconvenientes aqui descritos, a coordenação da equipa deve ser bastante elevada
Diferentes aplicações do sistema
Este sistema tático é muito complexo, e ao mesmo tempo, muito prático. A movimentação os jogadores do setor intermediário, principalmente os médios interiores, permite criar várias organizações, dependendo do momento de jogo. Tanto para o equilíbrio defensivo como para o equilíbrio ofensivo, várias movimntações são feitas. 4-1-4-1, o 4-2-3-1 e o 4-3-2-1 são algumas das movimentações mais populares que o sitema 4-5-1 apresenta.
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