29 março 2013

Passes longitudinais e passes transversais


Autor Valter Correia 
       Entendendo como funciona o futebol, não é preciso ser treinador ou fazer parte de algum cargo de uma equipa técnica para compreender que este desporto é coletivo, e que o passe é a forma como os jogadores comunicam entre si formando a equipa. Sem o passe, o futebol regressaria aos seus tempos iniciais, quando a habilidade técnica do jogador estava valorizada perante a habilidade coletiva da equipa. Então, devemos aprofundar e perceber que a definição de passe no futebol é a ação de enviar a bola a um companheiro, independentemente da sua força, direção, distância ou parte do corpo usada.


       Quais são os tipos de passes diferentes?


       Podemos classificar o passe em dois grandes grupos: passe longitudinal e passe transversal. O primeiro grupo de passes assume direções entre as balizas do campo, ou seja, quando um jogador se coloca no campo virado para uma das balizas, esse tipo de passes é feito para a frente ou para trás. O segundo grupo tem direções contrárias, ou seja, quando o jogador assume a mesma posição em frente às balizas, os passes são feitos para o lado.




       Passe longitudinal


       Entendendo que este tipo de passes assume direções entre as duas balizas, é um estilo de passe muito usado, seja para criar situações de finalização em profundidade ou para ultrapassar toda uma linha de marcação adversária. Os passes mais difíceis de realizar e de maior espetáculo pertencem a este grupo, uma vez que a capacidade de um jogador em colocar a bola no espaço, como no caso dos passes em profundidade, deve ser mais elevada que fazer um passe simples para o lado ou para um colega que está perto. Geralmente, este tipo de passe assume maior perigo de perca de posse de bola, como também assume maior probabilidade em criar situações favoráveis à finalização ou progressão da equipa

       Tipos de passe pertencentes a este grupo


  1. Passe em profundidade para criar situação de finalização
  2. Passe em profundidade para libertar a bola da zona de pressão
  3. Passe recuado, impedindo a pressão sobre a bola
  4. Passe direto a um jogador, esteja este à frente ou atrás do portador da bola


        Passe transversal


Este tipo de passes assume direções contrárias ao passe longitudinal. Não apresenta tanto risco de interceções como os passes verticais, pois não tem a mesma capacidade em criar situações de perigo para a equipa adversária, mas em compensação, permite a progressão mais lenta no terreno, que é um estilo de movimentação característico de equipas de posse de bola. Para criar situações de finalização a partir deste estilo de passe, a equipa deve levar a bola o mais próximo possível da linha de fundo, que representa situações de finalização maios eficazes, embora exija mais trabalho e maior perca de tempo para levar a bola até à linha de fundo


        Tipos de passe pertencentes a este grupo


  1. Cruzamentos da linha de fundo
  2. Cruzamentos do meio campo
  3. Cruzamentos curtos ou longos
  4. Inversão da posição da bola no terreno de jogo
  5. Manutenção da posse da bola

       Mas, e o passe com direção diagonal?



        O passe diagonal apresenta características dos passes transversais e características dos passes longitudinais. Os passes diagonais rasteiros, com o objetivo de criar uma situação de finalização em profundidade ou colocar a bola num novo portador da bola, apresenta as mesmas características do passe longitudinal. São passes de espetáculo e de criatividade. Por outro lado, cruzamentos do meio campo por exemplo, são passes transversais, uma vez que não são individualmente criativos e que podem ser realizados por qualquer jogador que não apresente a máxima precisão de passe, mas de manutenção da posse de bola. Um bom exemplo, será um passe longo de um lateral esquerdo para um médio-ala direito.

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