26 fevereiro 2013

Sistema 4-5-1

Artigo de  Valter Correia on December 27, 2011 at 9:30 AM
        Nos tempos primitivos, o setor ofensivo era o mais importante entre todos os setores no futebol. Com o tempo, esse deixou de ser o setor mais importante, e marcar golo não era o objetivo principal. Por muito tempo, considerou-se que defender bem era o objetivo principal, e por essa razão, a maior parte das equipas organizou os seus esquemas táticos baseados numa ba organização defensiva. Hoje, o objetivo principal já não é defender bem, nem tentar sempre marcar golos.

       O futebol atual está delineado pela ocupação equilibrada dos espaços no campo, pois tanto os defesas atacam como os atacantes defendem. Por essa razão, o foco de maior concentração de jogadores é o meio campo, e por isso apareceu o esquema tático 4-5-1. Com quatro defesas, cinco médios e um avançado. Este foi um sistema criado para garantir a superioridade numérica no meio campo, recuando um dos avançados. A divisão do espaço é mais racional, os esforços para defender são menores e melhora a possibilidade de contra-ataque.


        Ocupação e desenvolvimento


        A distribuição mais habitual deste sistema é com quatro defesas, cinco médios e um avançado. Geralmente, os jogadores mais móveis são os defesas laterais e os médios-ala.



        No setor defensivo, composto por dois defesas laterais e dois defesas centrais, Os defesas laterais, geralmente são responsáveis por alguns dos movimentos da equipa, mas sem deixar de lado os movimentos defensivos. Sobem, apoiam, e descem para ajudar a defender. Os seus movimentos dependem da sua habilidade técnica e tática. Por outro lado, para os defesas centais, as caraterísticas principais são a altura, velocidade e concistência.

        Oo setor intermediário é ocupado por três jogadores no corredor central, e um médio-ala em cada faixa lateral. No flanco central, os três médios podem designar várias organizações distintas. No geral, um trinco apoia os dois médios mais avançados, que apoiam os movimentos ofensivos. Por outro lado, os médios-ala devem ser fortes no remate e no cruzamento, rápidos e fortes taticamente, pois nesta organização tática, os corredores laterais são bastante explorados

        O setor ofensivo é apenas ocupado por um jogador. O avançado deve ser tecnicamante forte para segurar a bola e abrandar o jogo ou temporizar, e ao mesmo tempo, possuir um bom remate e boas deslocações em largura e profundidade.

         Distribuição racional dos jogadores pelo terreno de jogo

       Redução das distâncias entre as linhas e os companheiros: Uma vez que a ocupação dos espaços é mais racional, e as linhas de defesa e do meio campo tem um número maior de jogadores, que se podem apoiar em coberturas e apoios, as linhas de marcação são aproximadas, permitindo uma maior pressão na recuperação da posse de bola.
       Possibilidades de eficácia em volta do centro do jogo: Uma vez que a concentrção de jogadores em volta do centro do jogo é grande, e a distribuição dos mesmos triângular, praticamente existem linhas de passe para todo lado, e jogadores em todas as direções, que podem apoiar, tanto defensiva como ofensivamente.
       Maior possibilidade de aproveitar os espaços para o contra-ataque: De facto, existe pressão forte em todos os setores do terreno, e por isso, não importa onde a bola seja recuperada, existe sempre a possibilidade de contra-atacar
       Mais hipóteses de recuperar a bola em zonas altas do terreno:  Para quatro dos médios e o avançado, devido à aproximação das linhas, é mais fácil tentar recuperar a posse d bola durante a saída de jogo do adversário.

Desvantagens

       Jogo em profundidade: Caso não haja jogadores no plantel que jogam verticalmente e que entram na área,, o jogo de passes é escessivo e a equipa não mostra profundidade praticamente nenhuma
       Onde a bola é recuperada: Na organização original deste sistema, a bola é quase sempre recuperada em zona própria do terreno, levando a uma maior distância a percorrer até à baliza adversária
       Demasiadas posições fixas: Principalmente no setor mais adiantado, as posições são emasiado fixas, levano a uma menor mobilidade e imprevisibilidade
       Trabalho de coordenação muito forte: Devido a estes pontos fracos ou inconvenientes aqui descritos, a coordenação da equipa deve ser bastante elevada 

Diferentes aplicações do sistema


        Este sistema tático é muito complexo, e ao mesmo tempo, muito prático. A movimentação os jogadores do setor intermediário, principalmente os médios interiores, permite criar várias organizações, dependendo do momento de jogo. Tanto para o equilíbrio defensivo como para o equilíbrio ofensivo, várias movimntações são feitas. 4-1-4-1, o 4-2-3-1 e o 4-3-2-1 são algumas das movimentações mais populares que o sitema 4-5-1 apresenta.

20 fevereiro 2013

A inserção do negro no futebol brasileiro


Considerado esporte de elite em seus primórdios, o futebol demorou a aceitar a presença de negros nos times do Brasil


Este dia 20 de novembro de 2012 marca os 317 anos da morte de Zumbi dos Palmares, e o feriado conhecido como Dia da Consciência Negra visa lembrar aos brasileiros a importância do povo africano na formação da cultura nacional. E, como não podia deixar de ser, no futebol, esporte mais importante do país e forte expressão da cultura brasileira, o negro também teve - e continua tendo - participação importante.

O futebol chegou ao Brasil com status de esporte de elite. Na Inglaterra, já era jogado por operários de fábricas, mas chegou a terras brasileiras por meio de estudantes de classe alta, que voltavam do Reino Unido com bolas e chuteiras na bagagem, como foram os casos de Charles Miller e Oscar Cox, os pioneiros da modalidade no Brasil.

Bangu e Vasco: pioneirismo e "exclusão"

No entanto, não demorou muito para que o football conquistasse os operários e trabalhadores também do Brasil. O exemplo mais simbólico é o do Bangu Atlético Clube, time fundado por ingleses, mas formado, em grande parte, pelos operários da Fábrica de Tecidos Bangu, no subúrbio do Rio de Janeiro. O clube foi o primeiro no estado a escalar um atleta negro, Francisco Carregal, em 1905. O feito fez com que, em 1907, a Liga Metropolitana de Football (equivalente à atual FERJ) publicasse uma nota proibindo o registro de "pessoas de cor" como atletas amadores de futebol. O clube, então, optou por abandonar a Liga e não disputar o Campeonato Carioca.

O Bangu ficou conhecido como um clube símbolo da luta contra o racismo no futebol brasileiro, mas foi o Vasco da Gama que entrou para a História ao conquistar um título com um plantel formado quase que inteiramente por jogadores negros, muitos deles "contratados" junto ao Bangu (à época, o futebol ainda era amador, e não havia contratações formais de atletas). O clube, que em 1905 já havia elegido um presidente mulato, Cândido José de Araújo, foi campeão carioca em 1923, seu ano de estreia na Primeira Divisão, e despertou a ira dos rivais. No ano seguinte, Fluminense, Flamengo, Botafogo e outros times abandonaram a Liga e fundaram a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA), entidade à qual o Vasco só poderia se filiar se dispensasse seus 12 atletas negros.

Cabelo esticado e pó-de-arroz para disfarçar


Apesar do grande racismo no futebol brasileiro no início do século XX, o primeiro grande ídolo da modalidade no país foi justamente um mulato. Filho de um alemão com uma brasileira negra, Arthur Friedenreich foi o maior jogador brasileiro na época do futebol amador. Autor do gol que daria o primeiro título à Seleção Brasileira, o Sul-Americano de 1919, Friedenreich era mulato e tinha olhos verdes. antes de entrar em campo, o atacante esticava o cabelo rente ao couro cabeludo para parecer "mais branco".

Tática semelhante foi usada por Carlos Alberto, jogador que trocou o America pelo Fluminense em 1914. Como a camisa branca do clube de elite da zona sul contrastava com sua pele mulata, Carlos Alberto entrava em campo maquiado com pó-de-arroz, que, ao longo da partida, ia escorrendo junto ao suor. A torcida então passou a gritar "pó-de-arroz", que posteriormente se tornaria um apelido dos adeptos tricolores.

Profissionalismo e a inserção do negro no futebol


O Fluminense, aliás, também teve sua participação na luta contra o racismo no futebol, apesar de involuntariamente. À medida que a presença de negros e mulatos foi se tornando cada vez mais aceita dentro dos elencos - ou necessária, pois o nível do futebol praticado em campo ia melhorando e os times se viam obrigados a contar com jogadores de todos os tons de pele para poder competir em pé de igualdade com seus rivais - o clube das Laranjeiras viu aumentar o preconceito dos sócios com os jogadores negros que frequentavam sua sede. Como uma medida para separar sócios de jogadores, o Fluminense entrou na briga pela profissionalização do futebol no início da década de 1930, fazendo com que seus jogadores, agora empregados assalariados, entrassem na sede das Laranjeiras pela porta de funcionários e não mais tivessem contato com os sócios elitistas.

A profissionalização do futebol no Brasil foi um grande passo para a redução do racismo na modalidade. Como os atletas passaram a ser contratados e pagos de acordo com seu nível técnico, a cor de pele dos jogadores passou a ser uma questão menos importante. A nova situação do futebol brasileiro propiciou o reconhecimento de talentos como Leônidas da Silva, o Diamante Negro, que encantou o mundo na Copa de 1938, na França. Antes disso, a presença de negros na Seleção Brasileira ainda era vista com maus olhos.

Em 1921, por exemplo, o então presidente Epitácio Pessoa sugeriu que não fossem convocados jogadores negros para a disputa do Sul-Americano daquele ano para que fosse projetada no exterior "uma imagem composta pelo melhor da sociedade brasileira". No entanto, a popularização do futebol ao longo do século passado o expandiu a todas as camadas sociais do país, e negros como Domingos da Guia, Leônidas, Barbosa, Nilton Santos e outros foram conquistando seu espaço nos clubes e na Seleção e agregando valor ao futebol brasileiro.

Atualmente, ainda não é possível dizer que o futebol brasileiro se viu livre do racismo. No entanto, é evidente o reconhecimento da participação do negro no desenvolvimento do futebol do país, a ponto de o melhor jogador de todos os tempos, eleito atleta do século XX, Pelé, ser negro e não precisar esticar o cabelo nem passar pó-de-arroz para ter seu talento reconhecido.

12 fevereiro 2013

ESQUEMAS TÁTICOS DE FUTEBOL

Aqui estão as táticas empregadas no futebol
ao longo de mais de 100 anos de existência 



3-5-2
Esse sistema foi muito utilizado a partir da Copa de 1990 na Itália, pois muitas seleções o utilizaram naquele torneio. Veio como uma alternativa para marcar o 4-4-2, visto que os 3 zagueiros garantiriam a sobra a todo momento. Os “laterais” nesse sistema passam a ser chamados de alas porque ganham novas funções tanto na parte defensiva quando devem marcar mais “por dentro” quanto na parte ofensiva quando tem participação ativa na armação do jogo. A inteligência e as características dos alas são fundamentais para que esse sistema de jogo funcione.
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A campeã italiana montou um esquema acreditando na habilidade do meia francês Zidane.

A Juventus jogou com: 1- Peruzzi, 2- Brindelli, 3- Montero, 4- Ferrara (Iuliano); 5- Di Livio, 8- Deschamps, 6- Davids, 7- Torricelli, 9- Zidane; 10- Del Piero, 11-InzaghiO esquema é bem flexível. O time joga num 3-4-1-2, mas se Torricelli recuar, estabelece-se um 4-4-2 ou mesmo um 4-3-1-2. O hábil meia Zidane cuidava das armações das jogadas, auxiliado por Dvids e Deschamps, que também tinham funções de marcação. Os alas também apoiavam constantemente, municiando Del Piero e, mais à frente, Inzaghi. A equipe, quando atacada, defendia-se com os 3 zagueiros, os dois laterais e os dois volantes (Davids e Deschamps), ou seja, 7 jogadores. Quando o time atacava, todo o meio-de-campo e os alas ajudavam os atacantes Del Piero e Inzaghi. Os lançamentos em profundidade de equipes adversárias não costumava ter sucesso, visto que a equipe jogava bem fechada atrás.

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A Internazionale montou um esquema todo voltado pra Ronaldo

A Inter formou com: 1- Pagliuca, 2- Zanetti, 3- West, 4- Bergomi, 6- Sartor; 5- Simeone, 8- Zé Elias, 7- Moriero, 9- Zamorano, 11- Djorkaef; 10 - Ronaldo
O esquema 4-2-3-1 favorece, claramente, a habilidade do brasileiro Ronaldinho. São 2 zagueiros centrais, 2 laterais, 2 meias de marcação, 3 meias ofensivos e apenas um atacante. A formação parece defensiva, o que não é verdade, visto que Moriero, Zamorano e Djorkaef têm características bem ofensivas. Além disso, Zé Elias costumava avançar, ajudando o ataque. Quando a equipe está perdendo, os 3 meias ofensivos (ou algum deles) podem encostar mais em Ronaldinho, podendo tornar o esquema um 4-2-2-2, um 4-4-2 (em caso de vitória parcial da equipe, voltando-se os meias ofensivos) ou ainda um 4-2-4 (mais raramente). Os meias podem, ainda, juntar-se em linha, formando um 4-5-1. Conclui-se, portanto, que o esquema é bem versátil e é favorecido pela boa qualidade técnica dos jogadores. Quando a equipe ataca, isso acontece com no mínimo 4 jogadores, que costumam ser apoiados pelos laterais. Quando defende, consegue aglomerar, se preciso, 8 jogadores fechando o meio e a defesa. Na frente, Ronaldinho faz os gols necessários, sempre auxiliado pela linha de 3 meias ofensivos.
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A Noruega jogou na Copa de 1998 com um esquema inovador

1- Grodas, 2- Berg, 4- Eggen, 3- Johnsen, 6- Bjornebye; 10- Havard Flo, 11- Leonhardsen, 7- Mykland, 5- Rekdal, 8- Strand (Riseth); 9- Tore A. Flo

O técnico Egil Olsen montou sua equipe num 4-5-1 com o meio-de-campo jogando em linha. Os meias tinham funções defensivas e ofensivas e o esquema poderia ser transformado num 4-4-2 ou num 4-6-0 quando fosse necessário. As jogadas de ataque costumavam basear-se em cruzamentos para o grandalhão Tore Flo, que cabeceava para fora da área, onde se encontrava um meia que chutava a gol. As jogadas de ataque costumavam ser comandadas por Mykland. Na prática, a equipe norueguesa mostou um esquema com jogadores bem defensivos, capazes de fechar o meio e ajudar a defesa. Quando necessário, Tore recuava para fechar o meio, não ficando assim qualquer homem à frente.

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O Líbero A função de líbero foi criada na Europa com o intuito de ser mais uma proteção à zagaO número 3 do esquema acima é o líbero O verdadeiro líbero joga atrás dos zagueiros, mas também tem obrigações ofensivas, apoiando e atacando. A função de líbero é, portanto, muito difícil de ser executada. Poucos foram aqueles que executaram essa função com perfeição. Beckenbauer foi o mais perfeito de todos os líberos, mas pode-se ainda citar Matthäus e Baresi, além de outros.
Na verdade, o líbero é responsável por proteger o gol, quando a defesa joga mais à frente. Caso a defesa marcasse mais atrás, perto do goleiro, não haveria necessidade do líbero. O líbero é quem joga na sobra da defesa. Teoricamente, ele ainda impede grandes espaços entre os zagueiros e o goleiro, dificultando assim, lançamentos em profundidade e o avanço livre de atacantes velozes.

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4-2-4
A Seleção Brasileira de 1970 foi a mais brilhante equipe que já passou por um campo de futebol:
Técnica aliada à tática, uma combinação perfeita

O Brasil de 1970 era formado por: 1- Felix, 2- Carlos Alberto, 3- Britto, 5- Piazza, 4- Everaldo; 6- Clodoaldo, 8- Gerson; 11- Rivelino, 7- Jairzinho, 10- Pelé, 9- TostãoApesar do 4-2-4, o time jogava posicionado muito recuado para a época, sempre buscando o contra-ataque.Quando o time defendia, todo o time voltava, ficando só Tostão, que era o reserva natural de Pelé até antes de Zagallo assumir a Seleção, na frente. Quando tomava a bola, o time partia em bloco para o contra-ataque. Gérson comandava o meio-de-campo e chegava ao gol, Jairzinho fechava tanto pelo meio, quanto abria pelas pontas e Tostão era o homem mais à frente, sempre comandando o ataque com Pelé. O time, enfim, atacava com no mínimo 4 jogadores, mas comumente atacava com 5 ou 6 jogadores. O time contava ainda boas jogadas ensaiadas e nuances táticas, como o avanço de Piazza até o meio-de-campo e a rolada de bola de Pelé para o capitão Carlos Alberto chutar de fora da área.
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2-3-5
O Flamengo de 54 sagrou-se campeão estadual e revelou uma ótima equipe
1- Garcia, 2- Tomires, 3- Pavão; 4- Jadir, 5- Dequinha, 6- Jordan; 7- Joel, 8- Rubens, 9- Índio, 10- Evaristo, 11- ZagalloO primeiro esquema tático adotado no futebol moderno foi o 2-3-5. É óbvio que a preocupação defensiva era mínima e primava-se pelo futebol ofensivo. Não eram incomuns goleadas homéricas, graças à fragilidade das defesas. O center-half (no exemplo Dequinha) era, comumente, o mais hábil jogador do time. Organizava as jogadas, passava curto e lançava em profundidade, além de marcar. Foi dele que originou-se o volante. Dos halfs direito e esquerdo (Jadir e Jordan, no exemplo) originaram-se os laterais e alas. Os times também tinham um centroavante (ou center-forward), que jogava pelo meio (Índio), 2 meias atacantes (Rubens e Evaristo) e dois pontas (Joel e Zagallo). Os zagueiros não costumavam avançar. Os meias tinham mais funções ofensivas do que defensivas e os atacantes não voltavam. Um time costumava atacar com 6 a 8 atacantes contra 2 a 4 zagueiros, o que causava óbvia fragilidade defensiva. Vale ainda lembrar a excepcional qualidade técnica de boa parte dos atacantes da época, dificultando ainda mais o trabalho defensivo.
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WM O WM foi considerada uma das primeiras organizações táticas no futebolRepare que as linhas pretas, unidas, formam o desenho de um W e de um M
No fim da década de 20, na Inglaterra, o inglês Chapman criou o WM. Esse esquema foi trazido para o Brasil através do técnico Dori Krueschner. Eram 3 zagueiros (números 2, 3 e 4), dois meias defensivos (5 e 6), dois meias ofensivos (8 e 7) e três atacantes (9, 10, e 11). A essência do novo esquema de Chapman era o recuo do centromédio (número 3), de modo que ele exercesse a função de um zagueiro central. A defesa ficou mais protegida com o estabelecimento de 2 meias defensivos, o que possibilitou uma melhor marcação dos atacantes adversários.
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Ferrolho A Suíca inventou o Ferrolho Suíço, que fez sucesso no futebol

A Suíça formava com: 1- Huber, 3- Minelli, 2- Lehmann, 4- Springer, 5- Vernati; 6- Loertschner, 8- Amado; 7- Abbegglen III, 10- Bickel, 9- Wallaschek, 11- Aeby

Em 1935 o técnico austríaco Karl Rappan, dirigindo a Suíça, criou o Ferrolho (Riegel). No Ferrolho, um zagueiro jogava mais trás, fixo, protegido por mais 3 zagueiros (no esquema, os números 2, 4 e 5) e 1 ou 2 atacantes ajudando o meio (números 6 e 8), sendo que um jogava mais atrás, enquanto o outro era o grande responsável pela ligação om o ataque. O esquema foi inovador e surpreendente, eliminando, inclusive, a Alemanha. Várias variações deste esquema foram adotadas na Copa de 62 e a base teórica deste esquema (marcação sob pressão, meias/atacantes marcando e zagueiro fixo) é adotada até hoje.

Modelo de jogo apoiado no esquema tatico 4-3-3


Modelo de jogo apoiado no esquema tatico 4-3-3

Posted by Valter Correia on November 19, 2012 at 10:15 AM
        Após a longa e contínua aprendizagem acerca organização tática, e após a análise da relação entre o modelo de jogo e o clube, decidimos publicar um artigo, representado um modelo de jogo para o esquema tático 4-3-3. Este modelo de jogo é dinâmico, com tendência ofensiva, e procura aproximar-se da baliza através da elevada amplitude.

        Este modelo de jogo será apresentado através das fases do jogo, sobre as quais já derivamos bastante atenção na nossa comunidade. A compreensão do processo defensivo e ofensivo auxilia na leitura deste modelo de jogo.

       Saída de jogo


  • A saída de jogo é sempre efetuada com largura máxima
  • A equipa posiciona-se para trocar a bola no flanco por onde sai a jogar
  • O lateral e extremos contrários ao flanco por onde a equipa sai a jogar posicionam-se para inverter o jogo pelo ar. O lateral está sempre pronto para receber a bola em zonas baixas e o extremo sempre pronto para receber a bola em zonas altas
  • O avançado-centro mantém-se em linha com os defesas-centrais adversários, pronto para explorar as costas da defesa
  • O médio-centro do lado da saída de jogo está sempre pronto para entrar em contenção ou receber a bola
  • O médio-centro contrário ao lado da saída de jogo está sempre pronto para receber a bola e inverter pelo chão para o flanco contrário ou então para subir no terreno e servir a posição atrás do avançado




  
        Construção de situações de finalização

  • O lateral tem autorização para efetuar um cruzamento a partir do meio-campo, direcionado para as costas da defesa, assim como tem espaço para progredir com a bola em direção diagonal
  • O extremo do lado do ataque coloca-se em largura para receber a bola e cruzar
  • O extremo contrário está pronto para finalizar ao poste contrário ao lado do ataque, ou então para abrir em largura e receber a bola na inversão de flanco
  • O médio-centro mais avançado está pronto para receber a bola e rematar de longe, assim como para rematar de longe
  • O avançado está sempre pronto para finalizar e é bastante móvel.
  • O lateral contrário fica atrás, apoiando a defesa.





  
        Situações de finalização

  • O extremo contrário ao cruzamento ataca um poste e o avançado ataca o outro poste
  • O médio-centro mais avançado coloca-se à entrada da área
  • O lateral ofensivo aproxima-se da área, para recuperar ou receber a bola e voltar a cruzar
  • O extremo do lado do ataque mantém a pressão sobre o adversário, sempre pronto para voltar a receber e cruzar
  • Os três defesas e os dois médios mais recuados, mantém a formação 3-2








  
        Equilíbrio defensivo

  • A defesa procura não descer as linhas e o ataque desce as linhas o mais rapidamente possível, criando elevada pressão no meio campo.
  • Se possível, o ataque pressiona ao descer as linhas
  • O médio-centro mais avançado recua na direção da bola
  • O extremo e o lateral do lado do ataque recuam verticalmente no seu corredor, o mais rapidamente possível.
  • O extremo contrário recua e fecha o seu corredor. Se necessário, pressiona no meio campo para elevar a pressão
  • Os defesas-centrais e os médios recuados formam um quadrado, mantendo a contenção e a cobertura defensiva






  
        Recuperação defensiva

  • A equipa organiza-se em 4-4-2, com duas linhas de contenção e cobertura defensiva
  • As linhas são recuadas ligeiramente, mas a pressão no meio campo é mantida.
  • O médio-centro mais avançado assim como o avançado-centro mantém-se prontos para receber a bola quando esta é recuperada
  • O extremo do lado do ataque pressiona sobre o portador da bola e o extremo contrário prepara-se para contra-atacar com direção vertical
  • Se a bola for recuperada, ou o médio-centro mais avançado e o atacante assumem a posse de bola ou o extremo contrário recebe a bola na inversão de flanco. O avançado está sempre pronto para atacar as costas da defesa






  
        Defesa propriamente dita

  • Os quatro defesas formam uma linha de cobertura defensiva
  • Os médios ocupam o espaço em frente aos defesas e pressionam bastante
  • Cada extremo ocupa o seu corredor
  • O avançado mantém-se algo afastado para receber a bola se esta for recuperada em condições para tal
  • A equipa flutua de acordo com o centro do jogo
  • Uma vez que as linhas estão mais baixas, a equipa mantém a posse de bola quando a recuperar. Se possível, tenta levar a bola até ao meio campo e mantê-la nessa zona, até que a equipa adversária recue







  









       Movimentações



       Figura 1 - Em largura máxima, o lateral ou extremo passa a bola ao médio-centro mais avançado, que por sua vez passa a bola para o avançado, direcionada para as costas da defesa
        Figura 2 - O lateral ou extremo aproveita a oportunidade para cruzar do meio-campo para as costas da defesa
        Figura 3 - O lateral ou extremo coloca-se profundo e largo para receber a bola e cruzar
        Figura 4 - Se o adversário está posicionada de um lado do campo, a equipa aproveita a oportunidade para inverter o flanco de jogo e explorar o espaço livre
        Figura 5 - O médio-centro do lado do centro do jogo fica sempre em apoio, o médio-centro contrário sobe bastante e o trinco fica sempre atrás
        Figura 6 - As linhas de marcação mantém-se sempre subidas