12 fevereiro 2013

ESQUEMAS TÁTICOS DE FUTEBOL

Aqui estão as táticas empregadas no futebol
ao longo de mais de 100 anos de existência 



3-5-2
Esse sistema foi muito utilizado a partir da Copa de 1990 na Itália, pois muitas seleções o utilizaram naquele torneio. Veio como uma alternativa para marcar o 4-4-2, visto que os 3 zagueiros garantiriam a sobra a todo momento. Os “laterais” nesse sistema passam a ser chamados de alas porque ganham novas funções tanto na parte defensiva quando devem marcar mais “por dentro” quanto na parte ofensiva quando tem participação ativa na armação do jogo. A inteligência e as características dos alas são fundamentais para que esse sistema de jogo funcione.
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A campeã italiana montou um esquema acreditando na habilidade do meia francês Zidane.

A Juventus jogou com: 1- Peruzzi, 2- Brindelli, 3- Montero, 4- Ferrara (Iuliano); 5- Di Livio, 8- Deschamps, 6- Davids, 7- Torricelli, 9- Zidane; 10- Del Piero, 11-InzaghiO esquema é bem flexível. O time joga num 3-4-1-2, mas se Torricelli recuar, estabelece-se um 4-4-2 ou mesmo um 4-3-1-2. O hábil meia Zidane cuidava das armações das jogadas, auxiliado por Dvids e Deschamps, que também tinham funções de marcação. Os alas também apoiavam constantemente, municiando Del Piero e, mais à frente, Inzaghi. A equipe, quando atacada, defendia-se com os 3 zagueiros, os dois laterais e os dois volantes (Davids e Deschamps), ou seja, 7 jogadores. Quando o time atacava, todo o meio-de-campo e os alas ajudavam os atacantes Del Piero e Inzaghi. Os lançamentos em profundidade de equipes adversárias não costumava ter sucesso, visto que a equipe jogava bem fechada atrás.

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A Internazionale montou um esquema todo voltado pra Ronaldo

A Inter formou com: 1- Pagliuca, 2- Zanetti, 3- West, 4- Bergomi, 6- Sartor; 5- Simeone, 8- Zé Elias, 7- Moriero, 9- Zamorano, 11- Djorkaef; 10 - Ronaldo
O esquema 4-2-3-1 favorece, claramente, a habilidade do brasileiro Ronaldinho. São 2 zagueiros centrais, 2 laterais, 2 meias de marcação, 3 meias ofensivos e apenas um atacante. A formação parece defensiva, o que não é verdade, visto que Moriero, Zamorano e Djorkaef têm características bem ofensivas. Além disso, Zé Elias costumava avançar, ajudando o ataque. Quando a equipe está perdendo, os 3 meias ofensivos (ou algum deles) podem encostar mais em Ronaldinho, podendo tornar o esquema um 4-2-2-2, um 4-4-2 (em caso de vitória parcial da equipe, voltando-se os meias ofensivos) ou ainda um 4-2-4 (mais raramente). Os meias podem, ainda, juntar-se em linha, formando um 4-5-1. Conclui-se, portanto, que o esquema é bem versátil e é favorecido pela boa qualidade técnica dos jogadores. Quando a equipe ataca, isso acontece com no mínimo 4 jogadores, que costumam ser apoiados pelos laterais. Quando defende, consegue aglomerar, se preciso, 8 jogadores fechando o meio e a defesa. Na frente, Ronaldinho faz os gols necessários, sempre auxiliado pela linha de 3 meias ofensivos.
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A Noruega jogou na Copa de 1998 com um esquema inovador

1- Grodas, 2- Berg, 4- Eggen, 3- Johnsen, 6- Bjornebye; 10- Havard Flo, 11- Leonhardsen, 7- Mykland, 5- Rekdal, 8- Strand (Riseth); 9- Tore A. Flo

O técnico Egil Olsen montou sua equipe num 4-5-1 com o meio-de-campo jogando em linha. Os meias tinham funções defensivas e ofensivas e o esquema poderia ser transformado num 4-4-2 ou num 4-6-0 quando fosse necessário. As jogadas de ataque costumavam basear-se em cruzamentos para o grandalhão Tore Flo, que cabeceava para fora da área, onde se encontrava um meia que chutava a gol. As jogadas de ataque costumavam ser comandadas por Mykland. Na prática, a equipe norueguesa mostou um esquema com jogadores bem defensivos, capazes de fechar o meio e ajudar a defesa. Quando necessário, Tore recuava para fechar o meio, não ficando assim qualquer homem à frente.

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O Líbero A função de líbero foi criada na Europa com o intuito de ser mais uma proteção à zagaO número 3 do esquema acima é o líbero O verdadeiro líbero joga atrás dos zagueiros, mas também tem obrigações ofensivas, apoiando e atacando. A função de líbero é, portanto, muito difícil de ser executada. Poucos foram aqueles que executaram essa função com perfeição. Beckenbauer foi o mais perfeito de todos os líberos, mas pode-se ainda citar Matthäus e Baresi, além de outros.
Na verdade, o líbero é responsável por proteger o gol, quando a defesa joga mais à frente. Caso a defesa marcasse mais atrás, perto do goleiro, não haveria necessidade do líbero. O líbero é quem joga na sobra da defesa. Teoricamente, ele ainda impede grandes espaços entre os zagueiros e o goleiro, dificultando assim, lançamentos em profundidade e o avanço livre de atacantes velozes.

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4-2-4
A Seleção Brasileira de 1970 foi a mais brilhante equipe que já passou por um campo de futebol:
Técnica aliada à tática, uma combinação perfeita

O Brasil de 1970 era formado por: 1- Felix, 2- Carlos Alberto, 3- Britto, 5- Piazza, 4- Everaldo; 6- Clodoaldo, 8- Gerson; 11- Rivelino, 7- Jairzinho, 10- Pelé, 9- TostãoApesar do 4-2-4, o time jogava posicionado muito recuado para a época, sempre buscando o contra-ataque.Quando o time defendia, todo o time voltava, ficando só Tostão, que era o reserva natural de Pelé até antes de Zagallo assumir a Seleção, na frente. Quando tomava a bola, o time partia em bloco para o contra-ataque. Gérson comandava o meio-de-campo e chegava ao gol, Jairzinho fechava tanto pelo meio, quanto abria pelas pontas e Tostão era o homem mais à frente, sempre comandando o ataque com Pelé. O time, enfim, atacava com no mínimo 4 jogadores, mas comumente atacava com 5 ou 6 jogadores. O time contava ainda boas jogadas ensaiadas e nuances táticas, como o avanço de Piazza até o meio-de-campo e a rolada de bola de Pelé para o capitão Carlos Alberto chutar de fora da área.
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2-3-5
O Flamengo de 54 sagrou-se campeão estadual e revelou uma ótima equipe
1- Garcia, 2- Tomires, 3- Pavão; 4- Jadir, 5- Dequinha, 6- Jordan; 7- Joel, 8- Rubens, 9- Índio, 10- Evaristo, 11- ZagalloO primeiro esquema tático adotado no futebol moderno foi o 2-3-5. É óbvio que a preocupação defensiva era mínima e primava-se pelo futebol ofensivo. Não eram incomuns goleadas homéricas, graças à fragilidade das defesas. O center-half (no exemplo Dequinha) era, comumente, o mais hábil jogador do time. Organizava as jogadas, passava curto e lançava em profundidade, além de marcar. Foi dele que originou-se o volante. Dos halfs direito e esquerdo (Jadir e Jordan, no exemplo) originaram-se os laterais e alas. Os times também tinham um centroavante (ou center-forward), que jogava pelo meio (Índio), 2 meias atacantes (Rubens e Evaristo) e dois pontas (Joel e Zagallo). Os zagueiros não costumavam avançar. Os meias tinham mais funções ofensivas do que defensivas e os atacantes não voltavam. Um time costumava atacar com 6 a 8 atacantes contra 2 a 4 zagueiros, o que causava óbvia fragilidade defensiva. Vale ainda lembrar a excepcional qualidade técnica de boa parte dos atacantes da época, dificultando ainda mais o trabalho defensivo.
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WM O WM foi considerada uma das primeiras organizações táticas no futebolRepare que as linhas pretas, unidas, formam o desenho de um W e de um M
No fim da década de 20, na Inglaterra, o inglês Chapman criou o WM. Esse esquema foi trazido para o Brasil através do técnico Dori Krueschner. Eram 3 zagueiros (números 2, 3 e 4), dois meias defensivos (5 e 6), dois meias ofensivos (8 e 7) e três atacantes (9, 10, e 11). A essência do novo esquema de Chapman era o recuo do centromédio (número 3), de modo que ele exercesse a função de um zagueiro central. A defesa ficou mais protegida com o estabelecimento de 2 meias defensivos, o que possibilitou uma melhor marcação dos atacantes adversários.
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Ferrolho A Suíca inventou o Ferrolho Suíço, que fez sucesso no futebol

A Suíça formava com: 1- Huber, 3- Minelli, 2- Lehmann, 4- Springer, 5- Vernati; 6- Loertschner, 8- Amado; 7- Abbegglen III, 10- Bickel, 9- Wallaschek, 11- Aeby

Em 1935 o técnico austríaco Karl Rappan, dirigindo a Suíça, criou o Ferrolho (Riegel). No Ferrolho, um zagueiro jogava mais trás, fixo, protegido por mais 3 zagueiros (no esquema, os números 2, 4 e 5) e 1 ou 2 atacantes ajudando o meio (números 6 e 8), sendo que um jogava mais atrás, enquanto o outro era o grande responsável pela ligação om o ataque. O esquema foi inovador e surpreendente, eliminando, inclusive, a Alemanha. Várias variações deste esquema foram adotadas na Copa de 62 e a base teórica deste esquema (marcação sob pressão, meias/atacantes marcando e zagueiro fixo) é adotada até hoje.

Modelo de jogo apoiado no esquema tatico 4-3-3


Modelo de jogo apoiado no esquema tatico 4-3-3

Posted by Valter Correia on November 19, 2012 at 10:15 AM
        Após a longa e contínua aprendizagem acerca organização tática, e após a análise da relação entre o modelo de jogo e o clube, decidimos publicar um artigo, representado um modelo de jogo para o esquema tático 4-3-3. Este modelo de jogo é dinâmico, com tendência ofensiva, e procura aproximar-se da baliza através da elevada amplitude.

        Este modelo de jogo será apresentado através das fases do jogo, sobre as quais já derivamos bastante atenção na nossa comunidade. A compreensão do processo defensivo e ofensivo auxilia na leitura deste modelo de jogo.

       Saída de jogo


  • A saída de jogo é sempre efetuada com largura máxima
  • A equipa posiciona-se para trocar a bola no flanco por onde sai a jogar
  • O lateral e extremos contrários ao flanco por onde a equipa sai a jogar posicionam-se para inverter o jogo pelo ar. O lateral está sempre pronto para receber a bola em zonas baixas e o extremo sempre pronto para receber a bola em zonas altas
  • O avançado-centro mantém-se em linha com os defesas-centrais adversários, pronto para explorar as costas da defesa
  • O médio-centro do lado da saída de jogo está sempre pronto para entrar em contenção ou receber a bola
  • O médio-centro contrário ao lado da saída de jogo está sempre pronto para receber a bola e inverter pelo chão para o flanco contrário ou então para subir no terreno e servir a posição atrás do avançado




  
        Construção de situações de finalização

  • O lateral tem autorização para efetuar um cruzamento a partir do meio-campo, direcionado para as costas da defesa, assim como tem espaço para progredir com a bola em direção diagonal
  • O extremo do lado do ataque coloca-se em largura para receber a bola e cruzar
  • O extremo contrário está pronto para finalizar ao poste contrário ao lado do ataque, ou então para abrir em largura e receber a bola na inversão de flanco
  • O médio-centro mais avançado está pronto para receber a bola e rematar de longe, assim como para rematar de longe
  • O avançado está sempre pronto para finalizar e é bastante móvel.
  • O lateral contrário fica atrás, apoiando a defesa.





  
        Situações de finalização

  • O extremo contrário ao cruzamento ataca um poste e o avançado ataca o outro poste
  • O médio-centro mais avançado coloca-se à entrada da área
  • O lateral ofensivo aproxima-se da área, para recuperar ou receber a bola e voltar a cruzar
  • O extremo do lado do ataque mantém a pressão sobre o adversário, sempre pronto para voltar a receber e cruzar
  • Os três defesas e os dois médios mais recuados, mantém a formação 3-2








  
        Equilíbrio defensivo

  • A defesa procura não descer as linhas e o ataque desce as linhas o mais rapidamente possível, criando elevada pressão no meio campo.
  • Se possível, o ataque pressiona ao descer as linhas
  • O médio-centro mais avançado recua na direção da bola
  • O extremo e o lateral do lado do ataque recuam verticalmente no seu corredor, o mais rapidamente possível.
  • O extremo contrário recua e fecha o seu corredor. Se necessário, pressiona no meio campo para elevar a pressão
  • Os defesas-centrais e os médios recuados formam um quadrado, mantendo a contenção e a cobertura defensiva






  
        Recuperação defensiva

  • A equipa organiza-se em 4-4-2, com duas linhas de contenção e cobertura defensiva
  • As linhas são recuadas ligeiramente, mas a pressão no meio campo é mantida.
  • O médio-centro mais avançado assim como o avançado-centro mantém-se prontos para receber a bola quando esta é recuperada
  • O extremo do lado do ataque pressiona sobre o portador da bola e o extremo contrário prepara-se para contra-atacar com direção vertical
  • Se a bola for recuperada, ou o médio-centro mais avançado e o atacante assumem a posse de bola ou o extremo contrário recebe a bola na inversão de flanco. O avançado está sempre pronto para atacar as costas da defesa






  
        Defesa propriamente dita

  • Os quatro defesas formam uma linha de cobertura defensiva
  • Os médios ocupam o espaço em frente aos defesas e pressionam bastante
  • Cada extremo ocupa o seu corredor
  • O avançado mantém-se algo afastado para receber a bola se esta for recuperada em condições para tal
  • A equipa flutua de acordo com o centro do jogo
  • Uma vez que as linhas estão mais baixas, a equipa mantém a posse de bola quando a recuperar. Se possível, tenta levar a bola até ao meio campo e mantê-la nessa zona, até que a equipa adversária recue







  









       Movimentações



       Figura 1 - Em largura máxima, o lateral ou extremo passa a bola ao médio-centro mais avançado, que por sua vez passa a bola para o avançado, direcionada para as costas da defesa
        Figura 2 - O lateral ou extremo aproveita a oportunidade para cruzar do meio-campo para as costas da defesa
        Figura 3 - O lateral ou extremo coloca-se profundo e largo para receber a bola e cruzar
        Figura 4 - Se o adversário está posicionada de um lado do campo, a equipa aproveita a oportunidade para inverter o flanco de jogo e explorar o espaço livre
        Figura 5 - O médio-centro do lado do centro do jogo fica sempre em apoio, o médio-centro contrário sobe bastante e o trinco fica sempre atrás
        Figura 6 - As linhas de marcação mantém-se sempre subidas

31 dezembro 2012

TREINAMENTO FUNCIONAL



RESISTÊNCIA ANAERÓBIA




É a qualidade física que permite um atleta a sustentar o maior tempo possível uma atividade física numa situação de débito de oxigênio. É a capacidade de realizar um trabalho de intensidade máxima ou sub-máxima com insuficiente quantidade de oxigênio, durante um período de tempo inferior a três minutos. O desenvolvimento da resistência anaeróbia em atletas de alto nível possibilita o prolongamento dos esforços máximos mantendo a velocidade e o ritmo do movimento, mesmo com o crescente débito de oxigênio, da conseqüente fadiga muscular e o aparecimento de uma solicitação mental progressiva. A melhoria da resistência anaeróbia está correlacionada aos seguintes efeitos e características nos atletas: aumento das reservas alcalinas do sangue; aumento da massa corporal; melhoria da capacidade psicológica; aperfeiçoamento dos mecanismos fisiológicos de compensação; melhores possibilidades para os atletas apresentarem variações de ritmos durante as performances.

Métodos de Treinamento
Qualidades físicas – divididas fisiologicamente e pedagogicamente em :
Orgânicas: as principais são as resistências aeróbica, anaeróbica lática e anaeróbica alática
Neuro-musculares: flexibilidade, resistência muscular localizada, e as forças pura (dinâmica), explosiva (potência) e estática
Perceptivo-cinéticas: coordenação, velocidade (reação, membros e de deslocamento), equilíbrio, descontração, ritmo e agilidade
Fatores de influência nos treinos:
• nível inicial dos atletas
• intensidade dos treinos
• volume de treinamento
• freqüência semanal do treino
• forma de trabalho (contínuo, intervalado, terrestres, aquáticos ou aéreos)
Sempre no início de um treinamento é preciso avaliar as condições específicas do atleta para fazer uma prescrição com base na individualidade biológica.
O princípio da adaptação diz que existe um limiar mínimo para a produção de benefício, assim como um máximo que pode causar danos se for ultrapassado.
Limite inferior: 50% do VO2 máximo
Limite superior: 85% do VO2 máximo
Se trabalharmos com menos de 1/6 da massa muscular, não se consegue resultado generalizado, apenas no local que trabalha.
O pico de lactato acontece entre 6 e 8 minutos após o encerramento do exercício.
Estímulos de treino:
ESTÍMULO RESPOSTA
Débeis Nenhum
Fracos Excitação
Médios Adaptação
Fortes Adaptação
Muito fortes Danos
O volume de treino depende da qualidade física trabalhada e do método de treino, e segue esse esquema: sempre que aumentamos o volume, devemos diminuir a intensidade, e vice-versa. É o princípio da interdependência volume/intensidade. Sempre que um está alto, o outro está baixo, do contrário se chegará ao overtraining.
Atletas de alto nível devem treinar 6 vezes por semana, 2 vezes ao dia, com treinos físicos, técnico s e táticos. Velocidade e resistência anaeróbica: 3 vezes por semana, resistência aeróbica: de 3 a 5 vezes por semana.
Se no treino de fundo se trabalha aumentos de intensidade, não se perde capacidade anaeróbica. Só se perde essa capacidade se o trabalho for muito longo e sem um aumento de intensidade.

Métodos de treino aeróbicos:
1. contínuo: predomínio de volume.
a. Cerutty: corridas de fundo e meio-fundo, longe das pistas, contato com a natureza. Grande volume e intensidade. Volume: 40 a 120 minutos. Na semana básica: 150 Km e na específica: 100 Km. 3 sessões diárias, divididas em: fortalecimento: subir em dunas de areia. Condicionamento: máximo possível por semana. 30 Km/sessão. Ritmo: piques de 800-1500 m à nível submáximo. Intensidade: maior possível. Sobrecarga: faz a distância e o tempo sempre baixa, quando parar de baixar, aumenta a distância e fica nela até estacionar de novo.
b. Marathon-training: fundistas e maratonistas, subidas após trabalhos aeróbicos. De 60-150 minutos todos os dias, dividido em 6 etapas: cross-country (12 semanas), longas distâncias (14 semanas), terreno ondulado (8 semanas), aumento de velocidade (4 semanas), trabalho intervalado (12 semanas), competição e pós-competição (2-4 semanas).
c. Cross-promenade: quebra de rotina usado em períodos de transição ou recuperação da fase básica. Exercícios de alongamento, R. M. L. e explosão, com deslocamentos em bosques, praias, etc. mínimo de 3 Km com duração de 40 a 90 minutos, várias voltas no percurso. 4 tipos de atividade: aquecimento (20 minutos com alongamento, trote, saltos, etc) / desenvolvimento muscular (15 minutos de trabalho localizado) / trabalho contínuo variado (30 minutos, trabalho contínuo com corridas, piques, subidas e saltos, com ou sem obstáculos naturais) / trabalho intervalado (30 minutos, com tiros de 100 ou 200 metros com velocidade e número de repetições proporcionais a cada atleta).
d. Fartleck: fundistas e meio-fundistas de qualquer esporte de capacidade aeróbica. Duração de 40 a 120 minutos. Distâncias e velocidades variadas. Sem controle fisiológico rígido, o próprio atleta estipula a intensidade. Utilizado em combinação com outros pra quebrar a rotina.
e. Método aeróbico de Cooper: treinamento cárdio-pulmonar para atletas e não atletas de desportos terrestres e coletivos VO2 Máx.: = D – 504.1 / 44.9 D = distância percorrida. Na natação divide-se a velocidade por 2.9 para se obter valores na água. Teste dos 12 minutos – para estabelecer categorias e prescrever atividades. Esquema de trabalho: corridas, natação, ciclismo, caminhada, marcha, usando como complementares o vôlei, basquete, tênis, futebol, etc.
Categorias (classificação até 20 anos – homens)
Categoria Consumo de O2/Kg
Muito fraco 28 ou -
Fraco 28.1 – 34
Aceitável 34.1 – 42.0
Boa 42.1 – 52.0
Excelente 52.1 ou +

Parâmetros comuns: ETRIA
Estímulo: tiros, arrancadas, e outros gestos esportivos;
Tempo: indo de poucos segundos até 5 minutos. A duração é vinculada ao sistema energético trabalhado;
Repetições: dependerá da qualidade física trabalhada, indo de 10 a 60 repetições;
Intervalo: permitir recuperação incompleta, estar vinculado ao metabolismo trabalhado. Descanso fixo: fase preparatória – nadar dentro do intervalo: fase específica.
Ação no intervalo: ativa, recuperadora ou ativadora
Recuperadora: anaeróbica alática e oxidativa
Ativa: anaeróbica lática
Passiva: repouso total – velocidade

Interval Traning Lento: 15 a 30 repetições com intensidades entre 60 e 80%. Deve ser usado no período básico como primeiro método intervalado.
Estímulo 40" – 5’
Tempo 60% - 80% da velocidade máxima
Repetições 15 – 30
Intervalo Ativador
objetivo Resistência anaeróbica e aeróbica
Interval traning rápido: esforços anaeróbicos láticos (entre 40" e 2’). Atletas que têm base fisiológica de resistência anaeróbica lática (400 m).
* O limiar anaeróbico fica por volta de 75 – 78% do VO2 Máximo.
Estímulo 40" – 2’
Tempo 80% - 95 % da velocidade máxima
Repetições 30 – 45
Intervalo Recuperador
objetivo Resistência anaeróbica lática
Interval Sprint: desenvolvimento de resistência anaeróbica alática e velocidade. Fadiga rápida, diminuição da velocidade.
Estímulo Até 40"
Tempo 95 –100% da velocidade máxima
Repetições 30 – 60
Intervalo Soltando
objetivo Resistência anaeróbica alática e velocidade
Aceleration Sprint: desenvolvimento de velocidade pura. Aumento gradual na velocidade. Auxilia a evitar lesões e pode ser realizado indoor.
Estímulo Até 20"
Tempo 95 – 100% da velocidade máxima
Repetições 30 – 60
Intervalo Velocidade normal, lenta, acelerando
objetivo Velocidade pura

• existem células musculares satélite que são inativas e que com o trabalho específico se desenvolvem. É por isso que às vezes parece que um tipo de fibra aumentou em relação a outro.
Hollow Sprint: dois tiros e um intervalo. No intervalo deve-se percorrer a mesma distância dos tiros.
Estímulo 50 corre / 50 caminha / 50 corre / 150 caminha
Tempo 95 – 100% no primeiro sprint
Repetições Até que o tempo do 2º sprint seja 80% do 1º
Intervalo Recuperador
objetivo Velocidade pura
MATVEIEV (1982)
CAPACIDADE CARGA REPETIÇÕES VELOCIDADE
FORÇA PURA 90 – 100% 1 – 3 --
FORÇA EXPLOSIVA 60 – 85% 6 – 20 MÁXIMA
R. M. L. ATÉ 40% MUITAS MODERADA E CONSTANTE

Métodos fracionados: aplicação de um segundo estímulo após a recuperação quase total dos efeitos do primeiro. 2 tipos básicos: sprints repetidos e corridas repetidas.


ANAERÓBICO ALÁTICO Restauração ATP - CP ATÉ 10" 2’- 5’
Débito Alático 3’ – 5’

ANAERÓBICO
LÁTICO Glicogênio muscular



1 H 30 MINUTOS 12 – 48 horas exercício contínuo
7 – 24 horas exercício
intervalado
Glicogênio hepático 12 – 24 horas
Lactato (remoção) 30’- 1 hora
(repouso ativo)
1 – 2 horas
(repouso estático)
Pagamento do débito de O2 30’ - 1 hora
O débito alático é a fase rápida do EPOC, quando o organismo só quer recuperar os níveis de ATP – CP, e não começou ainda a remoção de lactato. A fase lenta é o débito lático, momento em que aparece o pico de lactato.
Nos sprints repetidos utiliza-se 90% anaeróbico alático, 6% do anaeróbico lático e 4% do oxidativo. Nas corridas repetidas, utiliza-se 10% anaeróbico alático, 50% anaeróbico lático e 40% aeróbico.
Sprints repetidos: corridas de 100 – 400 metros com intervalo de 4X superior ao tempo de corrida (1 : 4), 12 – 24 repetições de acordo com o volume de treino. Intensidade em função da velocidade dos tiros e distância alvo.
O atleta de alto nível recupera 70% após um tiro em 30".
Corridas repetidas: corridas de 800 – 3000 m, com recuperação 3 vezes superior ao tempo de estímulo (1 : 3), 3 – 10 repetições de acordo com a distância alvo. Intensidade calculada pela velocidade da corrida.
Métodos em circuito: método misto usado para o desenvolvimento neuromuscular, cardiorrespiratório e psicocinético. Pode ser usado para qualquer um dos sistemas energéticos, dependendo dos estímulos e intervalos.
Exercícios que permitam várias pessoas ao mesmo tempo, inclusive com atletas em repouso ativo. Cada estação é precedida de um tempo de recuperação ativa.
O circuit-training pode ser:
• Anaeróbico: estações de alta intensidade e curta duração, com recuperação que permita a remoção de lactato. Como o repouso é bem menor que a atividade, não pode ter atletas simultaneamente em repouso e atividade.
• Aeróbico: estações menos intensas, maior duração e esforços mais homogêneos.
• Misto (anaeróbico/aeróbico): mistura das cargas e intervalos dos anteriores.
• Específico a uma qualidade física (flexibilidade, velocidade, agilidade...): desenvolvem uma qualidade específica, ou mais de uma, uma estação para cada qualidade.
• Técnico-tático (gestos desportivos ou situações de jogo): podem ter situações especiais de jogo com mais de um jogador – situações táticas. Usado com crianças e iniciantes ou atletas de nível intermediário.


Métodos adaptativos: buscam além dos efeitos fisiológicos normais, uma adaptação a estresses específicos, como ausência de O2 (hypoxic-training), treino em altitude. A hipóxia produz aumentos na difusão de O2 tecidual (capacidade aeróbica), e aumenta os níveis de CO2 (capacidade anaeróbica). Apnéias menores que 10 segundos.
A altitude desenvolve resistência aeróbica e anaeróbica. O O2 disponível em altitude é o mesmo que ao nível do mar, as moléculas é que estão mais afastadas. Esse treino aumenta o número de globinas carregando CO2, diminuindo a quantidade de O2 sangue arterial. A adaptação do organismo é aumentar a hemoglobina. A altitude vai atuar como uma carga. As altitudes devem ser maiores que 1500 metros.
Prescrição de treinamento
Aeróbico: pode ser feito pela FCM (mais indicado para pacientes), ou pela FC de reserva – freqüência cardíaca cronotrópica (mais para atletas), pelo consumo máximo de oxigênio, pela velocidade de corrida do limiar de lactato, pela distância alvo.
* A freqüência de reserva é a freqüência de repouso menos a máxima teórica.
A FCM pode ser teórica ou de teste. Se medirmos a freqüência em 6", temos muitos erros, e se medirmos em 60" pega-se no início uma freqüência diferente do que no final, pois no início do minuto ao final, o batimento cai.
Tabela aproximada de erros:
Segundos Erro (bpm)
6 20
10 12
15 8
30 4
60 2

Freqüência cronotrópica: FCTM = 200 FCRep = 60
FC Reserva = 200 – 60 = 140
60 % = 140 X 0.6 = 84 + 60 = 144
85% = 140 X 0.85 = 122 + 60 = 182

Pelo consumo de Oxigênio.
Ex.: VO2 máx = 56 ml.Kg-1 . min-1
MET MAX = 56/3.5 = 16 METS
FT = (MET MAX + 60) / 100
FT = (16 + 60) / 100 = 0.76
IT = MET MAX X FT = 16 X 0.76
IT = 12.16 MET TREINO = 12160 M/H
FT = fração do treino
IT = intensidade do treino
O MET é a capacidade em multiplicar o metabolismo. Uma pessoa que consiga multiplicar 10 X, tem um consumo de O2 máximo de 35 ml.Kg-1. Min-1 .
Pela velocidade de corrida do limiar de lactato.
Equação de TANAKA
Teste de 40" em metros
Teste de 5’ em metros
VCL = 124 – (40" X 0.831 + 5’ X 0.223)
O limiar aeróbico de lactato ocorre ainda em trabalho aeróbico. O limiar anaeróbico é diferente do de lactato e ocorre quando se ultrapassa o 100% do VO2 máximo. Essa equação é validade para jovens de 14 – 20 anos. Entre o teste de 40" e o de 5" deve ter um tempo mínimo de 30’.
Prescrição pela distância alvo.
Ex.: distância alvo = 6000 m – Quando o tempo estabiliza, aumenta-se 10% a distância e reinicia-se.
Dia 1 = 6000 em 24’
Dia 2 = 6000 em 23’
Dia 3 = 6000 em 22’
Dia 4 = 6000 em 21’
Prescrição do treino anaeróbico.
Pelo VO2 máximo:
Ex.: VO2 máx = 56 ml.Kg-1. Min-1 .
IT = VO2 MÁX = 56 ml.Kg-1. Min-1 .
IT = VO2 MÁX X 1.10
IT = 56 X 1.10 = 61.6
VC = 61.6 / 0.2 = 308 M/MIN

Prescrição / Determinação de Ideais
Ex.: força explosiva
Teste de impulsão vertical:
Resultados: foram obtidos 10 resultados, sendo que o pior pulou 33 cm e o melhor 65 cm. O ideal é obtido através da soma do melhor com uma porcentagem média de 20 % de melhora. Esse grupo portanto tem um ideal de 78 cm.
Ideal: M X 1.20 = 65 X 1.20 = 78 cm
O pior atleta (33 cm) está 100% longe do ideal.